sexta-feira, novembro 21, 2008

O ataque não é a melhor defesa!

Diante da absoluta falta de argumentos, o jurista Eduardo Ferrão, um dos advogados de defesa do (ex) governador Cássio Cunha Lima (PSDB) apelou para o ridículo ontem durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da distribuição de cheques com fins eleitoreiros no ‘Caso FAC'. Acusou o Sistema Correio de Comunicação de ‘coronelismo' pelo simples fato do jornal ter publicado uma charge na qual o ministro Eros Grau, relator do processo de cassação de Cássio, "dá uma martelada na cabeça do governador paraibano".

Ué?! Qual o problema Ferrão? Aliás, o que uma coisa tem a ver com a outra? Embora as duas primeiras letras destas palavras sejam iguais, o significado de cheque e charge são bastante diferentes. Por mais que o cartunista do Correio, o talentoso Cristovam Tadeu seja um excelente artista do humor gráfico ninguém deu a mínima para a charge.

Em sua fala, Eduardo Ferrão ressaltou, ainda, que o programa do governo do estado tem amparo legal e foi gerido por um conselho gestor, tendo em sua formação o arcebispo da Paraíba, D. Aldo Pagotto. Outro lapso de Ferrão que tem residência pessoal e profissional em Brasília foi citar o arcebispo paraibano. Novamente, o relator e os ministros ficaram sem entender bulhufas. Como assim Ferrão? E daí que o clérigo seja membro do tal conselho gestor? O que isso prova?

Depois de tantos tropeços na tentativa de defesa do indefensável, Ferrão saiu do plenário com o receio de ser alvo do nanquim de Cristovam Tadeu numa charge no melhor estilo “after day” e com a certeza de que a decisão não deixou espaço para ele reclamar com o bispo e muito menos com o arcebispo.

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