sexta-feira, julho 11, 2008

Quem é o pai?

A Mesa Diretora do Senado decidiu criar 97 cargos de assessor parlamentar, sendo 81 para cada senador e 16 para cada liderança de partido na Casa. A criação dos cargos com salários de R$ 9.970, e previsão das contratações a partir de agosto, não é segundo o presidente do Senado, Garibaldi Alves, prioritária. O político rio-grande-nortense disse que ter sido contrário à decisão, mas ficou falando sozinho.

Com a péssima repercussão da medida na mídia, senadores alegaram terem atendido a um pedido dos líderes, mas precisamente do senador Efraim Morais (DEM-PB). Adotando esta postura, os integrantes da mesa “lavaram as mãos” creditando a “honra e glória” do projeto ao senador paraibano.

De acordo com eles, há cerca de três meses, Efraim Morais pediu que assinassem o projeto, e que eles o atenderam sem sequer dar ao trabalho de saber do que se tratava. Independente de o projeto ter aval ou não dos líderes e inspiração de Morais, o certo é que os demais senadores não são menos culpados na tomada de uma decisão extremamente inoportuna para o contexto econômico atual.

Todos eles indistintamente passarão a contar com 12 cargos comissionados em seus gabinetes. Considerando que cada cargo pode ser dividido para até quatro funcionários, o total de servidores sem concurso em cada gabinete pode chegar a 48 pessoas. Neste momento, os ingênuos senadores que assinaram o projeto de Efraim Morais sem conhecer o seu teor, farão questão se serem os pais da matéria.

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